segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Teuto ... serão confiáveis ?


Começa hoje (15/9) campanha de recolhimento dos medicamentos Cetoconazol, Amitriptilina, Paracetamol, Nistatina e Atorvastatina Cálcica, fabricados pelo Laboratório Teuto Brasileiro. Foram identificados erros e troca de embalagens em 150 mil produtos. Se utilizados, há riscos à saúde dos pacientes. Confira os lotes e as datas de fabricação dos medicamentos afetados: http://bit.ly/1oQToxX

sábado, 19 de setembro de 2015

 Wolff-Parkinson-White após Ablação

Mesmo caso de Wolff-Parkinson-White, após a ablação do feixe anômalo ("curto-circuito" de nascença entre as câmaras superiores do coração - átrios - e as inferiores, os ventrículos).
Observa-se a normalização do Eletrocardiograma, com eixo elétrico de QRS evidenciando um coração de disposição verticalizada no tórax. O segmento PR normalizou-se. Os amplos complexos QRS, apesar de muitos poderem achar que se trata de uma Sobrecarga Ventricular Esquerda (SVE), constitui um padrão juvenil em indivíduo magro (não há critérios de Romhilt-Estes para diagnóstico de SVE).
Estou postando algumas imagens do Ecocardiograma do mesmo paciente, após a ablação. Também, totalmente normal.













segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Wolff-Parkinson-White

Um caso meu, exemplo de Eletrocardiograma extremamente interessante, porque faz diagnóstico diferencial com Bloqueio de Ramo Direito e Infarto de parede Lateral Alta.
Acontece que se trata de um paciente com Wolff-Parkinson-White (WPW), onde um "curto-circuito" acontece no coração por um "fio" anômalo de nascença. Este diagnóstico é feito com a observação cuidadosa das derivações V3, V4, V5. Além disto, não há um alargamento significativo do QRS. O alargamento do QRS se faz pelo feixe anômalo. Seu PR está curto, mas quase no limite do normal. A derivação definitiva para ver um encurtamento mais pronunciado deste segmento é V3.
O paciente fez a correção do defeito congênito e seu eletrocardiograma voltou ao normal (assim que o tiver disponível, publico).

As setas em azul indicam as ondas Q; Os retângulos no segundo eletrocardiograma, destacam as ondas delta do WPW.




Exemplo de como a Ecocardiografia pode mapear áreas de Infarto e de sofrimento do músculo cardíaco:


** Área acinética significa sem contração do miocárdio (músc. do coração); Área discinética significa que o músculo está morto (infartado) e que sofre pressão para se movimentar na direção oposta da contração do coração; Área hipocinética é aquela em que o miocárdio não consegue contrair com sua força normal.


Observa-se, também um refluxo pela Valva Mitral, a estrutura que separa o Átrio Esquerdo do Ventrículo Esquerdo; este refluxo faz com que uma pequena parte de sangue volte para trás, aonde não deveria ir.




Outro exemplo de como a Ecocardiografia pode mapear áreas de Infarto e de sofrimento do músculo cardíaco:

** Área acinética significa sem contração do miocárdio (músc. do coração); Área discinética significa que o músculo está morto (infartado) e que sofre pressão para se movimentar na direção oposta da contração do coração; Área hipocinética é aquela em que o miocárdio não consegue contrair com sua força normal.

Também há uma deformação cavitária da estrutura do Ventrículo Esquero (VE), pelos defeitos miocárdicos (musculares).







Outro exemplo de como a Ecocardiografia pode mapear áreas de Infarto e de sofrimento do músculo cardíaco:

** Área acinética significa sem contração do miocárdio (músc. do coração); Área discinética significa que o músculo está morto (infartado) e que sofre pressão para se movimentar na direção oposta da contração do coração; Área hipocinética é aquela em que o miocárdio não consegue contrair com sua força normal.

Nesta incidência, há uma formação aneurismática da base da parede posterior do Ventrículo Esquerdo (VE).







Outro exemplo de como a Ecocardiografia pode mapear áreas de Infarto e de sofrimento do músculo cardíaco:

 **  Área acinética significa sem contração do miocárdio (músc. do coração); Área discinética significa que o músculo está morto (infartado) e que sofre pressão para se movimentar na direção oposta da contração do coração; Área hipocinética é aquela em que o miocárdio não consegue contrair com sua força normal.

Nesta incidência, observa-se uma nítida deformação da câmara ventricular (VE), que assume uma forma quase que como uma cimitarra, sendo que seu normal seria uma forma parecida com um triângulo. Isto se dá pelas áreas de anormalidade.




Carta publicada - Jornal "Diário de Natal"

Carta escrita pelo Dr. Paulo Ezequiel, funcionário da
Secretaria de Saúde Municipal e Estadual, no Rio Grande do Norte e publicada no Jornal. Atentem-se aos números: 
 
” Médicos, companheiros de profissão, como descemos….
Quando meu pai, médico, aposentou-se há nove anos, disse que estava fazendo
aquilo porque a profissão médica havia chegado ao fundo do poço e não
agüentava ver a classe descer mais do que aquilo.
Nesses nove anos os salários e até o CH (coeficiente de honorários), criado
para proteger o trabalho médico, desvalorizou 308,68% se comparado ao
salário mínimo ( e nós pagamos salários baseados no mínimo aos
funcionários); desvalorizou 73,47% pelo IBG que mede o índice de preços ao
consumidor/inflação), índice este que sabemos ser maquiado pelo Governo
Federal.
Se “dolarizarmos” nossas perdas, elas chegam a 351,81%.   Como
descemos…
Inicialmente fizemos cortes no orçamento, depois aumentamos a carga de
trabalho, passando a dar mais plantões.
Cortamos férias, nos tornamos  “clientes especiais” dos bancos,
inicialmente eventuais, hoje c ativos.
Não temos tempo sequer para nos organizar. Como descemos!
Não podemos lutar sequer na Justiça, pois o Judiciário jamais votaria a
nosso favor, mesmo que estejamos certos.
Os juízes já votaram seu próprio aumento salarial e, se votassem o nosso,
poderia não sobrar para eles.
Em 1994 um médico recebia R$ 755,00 e um promotor público R$ 1.300,00. Hoje,
o médico recebe os mesmos R$ 755,00 e o promotor mais de R$ 8.000,00.
Que diferença de responsabilidade ou de um curso faz com que ocorra tal
disparidade? Sem falar de vereadores, auditor fiscal e outros cargos que,
devido ao seu poder de autogestão dos salários foram evoluindo
exponencialmente, enquanto nós retrocedemos.
Como descemos! E a culpa, de quem é? De nós mesmos! Nós, que deixamos a
coisa ocorrer sem reagir.
Talvez devido à celebre frase: “Medicina é sacerdócio!”. Mas
até os padres, hoje em sua maioria vivem bem, comem bem, dormem bem, têm carro,
vestem-se bem, viajam.
A culpa é nossa por termos aceitado dar plantões em condições mínimas! Sem
água?
Compramos água.Comida ruim? Compramos comida.
Não há material? Improvisa Tudo em prol da continuidade do serviço e do
paciente.
A culpa é nossa por termos criado uma cooperativa médica que pode proteger a
todos, menos ao médico.
Veja uma diária hospitalar hoje e há oito anos. Quem protege quem? Os planos
de saúde aprenderam que não temos tempo para reclamar e pagam o que querem,
quando querem e se quiserem. Como descemos!
Chegamos no nosso carrinho, cara de cansados, exaustos, na verdade,
maltrapilhos e somos atendidos pelo gerente do plano de saúde: bem dormido,
gravata, perfumado e de carrão zero às nossas custas. Burros de cangalha é o
que somos!
O Governo também aprendeu que não temos força para cobrar o que é de
direito: retira gratificações, suspende pagamentos. É como se fôssemos isentos de
obrigações financeiras. .  Coitados de nós! Como descemos!!!!
Temos medo de pedir um orçamento a um pintor ou pedreiro. Estamos apertados
para pagar o colégio dos nossos filhos.
Achamos que se continuarmos assim, vamos acabar pagando para trabalhar.
Estamos enganados! Já estamos pagando, pois as noites em claro nos renderam
doenças e problemas de saúde que nossa aposentadoria do Estado de R$ 400,00
somados ao INSS de R$ 800, 00, mais talvez uma previdência privada, não
conseguem cobrir.
Pagamos, porque a nossa ausência em casa na busca de manter um “padrão
de vida”,não tem preço. Nossos filhos estão à mercê de drogas e maus
exemplos, devido ao abandono.
E como dizer aos nossos filhos para estudarem, pois vale a pena ? Eles vêem
o exemplo do pai que estudou tanto, fez tantos cursos, passou tantos
concursos e tem uma qualidade de vida tão ruim. E aí vem o “Big
Brother”, as no velas e pessoas que vivem melhor, até de forma ilícita. É difícil
fazê-los compreender que os que nos mantêm em nossa profissão, o que nos alimenta a
alma e o espírito são duas coisas: o amor pela prática médica e a
incapacidade que temos de reverter todo o investimento que fizemos à mesma.
Se o medo é de pagarmos para trabalhar, pode ficar ciente de que já estamos
fazendo isso! Acho que deveríamos ser mais radicais e não aceitarmos
imposições, pois sabemos que estamos totalmente certos !
Temos que ganhar melhor para atendermos melhor a nossos pacientes.
Temos que dormir bem, para atendermos melhor a nossos pacientes.
Temos que estudar e nos atualizar, para atendermos melhor a nossos
pacientes. Queira ou não, tudo isso depende de remuneração !”

Medicina