A ANVISA, após mais de 1 ano de debates, finalmente tirou de circulação os anorexígenos derivados de afentaminas. As substâncias Femproporex, Amfepramona e Mazindol, em todos países desenvolvidos e em grande parte de outros, já não eram mais comercializadas, devido às políticas sérias de saúde. As indústrias farmacêuticas, com a venda destes produtos, lucraram muito às custas dos cidadãos brasileiros. O que não contavam, para nosso prejuízo, é o mal que elas podiam produzir.
Convenhamos, todos os medicamentos possuem efeitos colaterais. Este grupo de substâncias, todavia, tinha em comum efeitos sérios e potencialmente muito prejudiciais à saúde. Psicose, dependência química, esquizofrenia, infartos cerebrais, fibrose pulmonar irreversível, infarto miocárdico, hipertensão sistêmica e pulmonar, arritmias cardíacas, por vezes fatais e com morte súbita, além de outros. Pior: não existe, até hoje, nenhuma evidência clínica e cientifica que estas drogas tinham efeito benéfico sobre a doença da obesidade. Elas produziam um efeito epidemiologicamente discreto e sem impacto sobre a morbi-mortalidade. Também nunca se observou um efeito sustentado: parando o medicamento, iniciava-se o "efeito sanfona".
Fato que me causa maior repúdio é o Conselho Federal de Medicina defender a manutenção destas substâncias no mercado nacional. A quem ele tende favorecer ? Com certeza, não à população.Há cerca de 16 milhões de pacientes consumindo estes derivados. Imaginam o prejuízo financeiro das indústrias ? Isto sem contar que praticamente extinguir-se-á a "indústria do emagrecimento estético", ganha-pão de muitos colegas que se especializaram nisto.
Portanto, só posso parabenizar a ANVISA, me orgulhando que, mesmo tardiamente, o país com este passo, parece estar tornando-se mais maduro. Do outro lado, lastimo a atitude do Conselho Federal de Medicina, porque deveria ser mais técnico, científico, ou na medicina séria se basear, antes de despir-se na mídia defendendo medicações que não têm nenhum sentido terapêutico.
Dedicado a explicações sobre vários temas médicos, além de discutir a situação da Medicina como profissão, sob o aspecto político, social, econômico e educacional.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Paternidade e Risco Cardiovascular
Um estudo patrocinado pelo governo norteamericano, por várias universidades e pela AARP, foi publicado no último Journal of Human Reproduction.
Este estudo demonstrou que a paternidade está relacionada a uma redução de 17% na mortalidade cardiovascular, isto é, homens que têm filhos estão menos sujeitos a morrerem por causas cardiovasculares.
Estudos prévios já sugeriam que ser casado, ter muitos amigos e até possuir um cachorro, podem reduzir o risco de morrer por causas cardíacas e vasculares.
As causas deste efeito, contudo, ainda não estão esclarecidas.
Este estudo demonstrou que a paternidade está relacionada a uma redução de 17% na mortalidade cardiovascular, isto é, homens que têm filhos estão menos sujeitos a morrerem por causas cardiovasculares.
Estudos prévios já sugeriam que ser casado, ter muitos amigos e até possuir um cachorro, podem reduzir o risco de morrer por causas cardíacas e vasculares.
As causas deste efeito, contudo, ainda não estão esclarecidas.
Artrite e Reumatismo
Publicado na revista do American College of Rheumatology, uma pesquisa recente da Duke University revelou que o exercício físico por si promove uma melhora dos casos de artrite, independentemente da perda de peso.
Observaram, experimentalmente em ratos, que a inatividade piorava os casos de inflamação articular e que a atividade física promovia sua melhora. Esta era mediada pela diminuição da reposta inflamatória e melhor manuseio da glicose sistêmica.
Os efeitos benéficos foram mantidos mesmo nos ratos em que se mantinha uma dieta rica em gorduras.
Os autores concluíram que o exercício é um efeito muito importante como mediador da melhora inflamatória articular e que o excesso de peso, por si, provavelmente atua como causador de inatividade.
As relações entre a atividade física e a obesidade ainda permanecem sob investigação. Muito não se conhece sobre os efeitos do exercício na gordura corporal. Sabe-se que, apesar do volume ser o mesmo, a gordura de quem faz atividade é diferente da dos sedentários.
Este pesquisa foi patrocinada pelo National Institutes of Health (NIH- equivalente ao Min. da Saúde do país) e pela Arthritis Foundation, o que demonstra a importância destes achados e a seriedade do estudo.
Observaram, experimentalmente em ratos, que a inatividade piorava os casos de inflamação articular e que a atividade física promovia sua melhora. Esta era mediada pela diminuição da reposta inflamatória e melhor manuseio da glicose sistêmica.
Os efeitos benéficos foram mantidos mesmo nos ratos em que se mantinha uma dieta rica em gorduras.
Os autores concluíram que o exercício é um efeito muito importante como mediador da melhora inflamatória articular e que o excesso de peso, por si, provavelmente atua como causador de inatividade.
As relações entre a atividade física e a obesidade ainda permanecem sob investigação. Muito não se conhece sobre os efeitos do exercício na gordura corporal. Sabe-se que, apesar do volume ser o mesmo, a gordura de quem faz atividade é diferente da dos sedentários.
Este pesquisa foi patrocinada pelo National Institutes of Health (NIH- equivalente ao Min. da Saúde do país) e pela Arthritis Foundation, o que demonstra a importância destes achados e a seriedade do estudo.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
21 de Setembro
Hoje, 21 de setembro de 2011, haverá a paralisação do atendimento médico a certos convênios.
Finalmente, as associações e entidades que representam o médico resolveram mobilizar a comunidade. Pasmem: de 1994 ao início de 2011, recebemos R$ 8,00 (oito) reais de reajuste dos planos de saúde. Somente a Petrobrás apresentou um ajuste melhor, porém ainda insuficiente. Isto representa MENOS DE CINQÜENTA CENTAVOS de acréscimo/ano !!!! Piada ??? Não, infelizmente. O problema maior é que, da mobilização até seus possíveis resultados, vai levar mais tantos meses, e o que os médicos pretendem ainda é muito menos do que deveria ser o reajuste real !! Muito infeliz e lamentável o que o Governo deste país deixa acontecer com os profissionais de saúde.
Pior: os membros do legislativo têm a coragem de propor a discussão de um meio para financiar a Saúde Pública, que não a CPMF, imposto que estão ansiosíssimos para reinstituir. Que tal reduzirem os aumentos dos parlamentares e funcionários da câmara e do senado para o mesmo patamar que os médicos receberam nestes últimos 17 anos ??
Finalmente, as associações e entidades que representam o médico resolveram mobilizar a comunidade. Pasmem: de 1994 ao início de 2011, recebemos R$ 8,00 (oito) reais de reajuste dos planos de saúde. Somente a Petrobrás apresentou um ajuste melhor, porém ainda insuficiente. Isto representa MENOS DE CINQÜENTA CENTAVOS de acréscimo/ano !!!! Piada ??? Não, infelizmente. O problema maior é que, da mobilização até seus possíveis resultados, vai levar mais tantos meses, e o que os médicos pretendem ainda é muito menos do que deveria ser o reajuste real !! Muito infeliz e lamentável o que o Governo deste país deixa acontecer com os profissionais de saúde.
Pior: os membros do legislativo têm a coragem de propor a discussão de um meio para financiar a Saúde Pública, que não a CPMF, imposto que estão ansiosíssimos para reinstituir. Que tal reduzirem os aumentos dos parlamentares e funcionários da câmara e do senado para o mesmo patamar que os médicos receberam nestes últimos 17 anos ??
Análise dos Fios de Cabelo não é Confiável
Certas referências proclamam que a análise do fio de cabelo é um método útil e confiável para se averiguar problemas de saúde e carência vitamínica. Mas não é ! Muitos fatores, da poluição ao tipo de xampu, podem alterar os resultados.
Embora a análise do cabelo possa ser útil para detectar algumas substâncias tóxicas como chumbo e arsênico, os achados podem ser inconsistentes e variados.
A "American Medical Association" é contra o exame do cabelo com a finalidade de definir condutas e tratamentos.
Ref.: Louise Chang, MD. http://www.webmd.com/louise-chang
Embora a análise do cabelo possa ser útil para detectar algumas substâncias tóxicas como chumbo e arsênico, os achados podem ser inconsistentes e variados.
A "American Medical Association" é contra o exame do cabelo com a finalidade de definir condutas e tratamentos.
Ref.: Louise Chang, MD. http://www.webmd.com/louise-chang
Um Efeito Colateral Desagradável
- anticoagulantes e antitrombóticos;
- medicações para redução de colesterol;
- antidepressivos;
- drogas antinflamatórias;
- antibióticos;
- pílulas anticoncepcionais;
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Atorvastatina e Redução da Mortalidade
O estudo ASCOT-LLA, apresentado no Congresso Europeu de Cardiologia de 2011, mostrou que 10 mg. de atorvastatina ao dia reduz em 14% a mortalidade, sobretudo para as causas não cardiovasculares.
Esta pesquisa foi realizada com um vasto número de pacientes e durante 8 anos.
Os autores averiguaram que esta diminuição global da mortalidade foi devida, curiosamente, à redução em 36% de mortes por infecções e doenças respiratórias. Estudos pré-clínicos vêm mostrando que as estatinas modulam a função neutrofílica, reduzem a liberação de citocinas pró-inflamatórias, melhoram a função vascular, têm propriedades antitrombóticas e melhoram a recuperação em pneumonias e sepsis. Resultados de outras pesquisas observacionais evidenciam que o uso prévio de estatinas também reduz a mortalidade por septicemia.
Esta curiosa observação deve ser tomada sob cautela. Os achados foram de um subgrupo do estudo maior e, até que sejam confirmados por outros trabalhos, não suportam a indicação indiscriminada do uso de estatinas para pacientes que não tenham dislipidemia.
domingo, 18 de setembro de 2011
Associação entre Proteínas e o Risco de Desenvolvimento de Diabets tipo II
Há muito existe um mito popular que o alto consumo de açúcares e derivados podem desencadear o aparecimento do Diabetes.
Um estudo realizado na Universidade de Lund, Suécia, apresentado no Congresso da Associação Européia para o Estudo do Diabetes de 2011, demonstrou que isto é incorreto. Na realidade, o maior consumo de pães ricos em fibras e cereais mostrou ter um efeito protetor, com redução do aparecimento desta doença. A ingesta de maior quantidade de carboidratos não teve interferência no surgimento da enfermidade.
Dietas ricas em proteínas são indicadas para redução de peso e controle da glicemia a curto prazo. Nesta pesquisa, ela foi implicada num maior risco para o aparecimento do Diabetes, com cerca de 37% de aumento da incidência. Isto parece ser um paradoxo. Na conclusão do estudo, os responsáveis recomendam que estes dados devem ser tomados com cautela e que não há subsídios suficientes para recomendação desta ou daquela dieta, mas que estes dados deixam um alerta.
O moderador da apresentação no congresso coloca, pertinentemente, que a pesquisa tem certas limitações. A dieta rica em proteínas pode ter interferência em distúrbios metabólicos e no aparecimento do Diabetes tipo II por aumentar o potencial inflamatório sistêmico. Por outro lado, ela facilita a redução e manutenção do peso, efeitos que podem contrabalançar o baixo grau de inflamação.
Olhando para o estudo como um todo, parece que a ingestão de uma dieta pobre em gordura e rica em fibras vegetais, é benéfica. Já outro ensaio clínico deste mesmo ano demonstra que uma dieta rica em vegetais e folhas verdes reduz o surgimento do Diabetes. Quanto às proteínas, outros estudos devem ser realizados para melhores conclusões.
sábado, 17 de setembro de 2011
Saúde e Sexo
Um estudo publicado pelo "Journal of Epidemiology and Community Health"mostrou que manter relações sexuais de uma a duas vezes por semana diminui pela metade o risco de Infarto Miocárdico. E não aumenta o risco de Acidentes Vasculares Cerebrais.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Circulando na Net
Recebi em meu e-mail um texto do Dr. Dwight, que alega não ser o colesterol um fator importante para a produção de doenças vasculares, mas sim, a inflamação.
As lesões vasculares ateroscleróticas tem como causa múltiplos fatores, sendo um deles as altas taxas de colesterol. Há tantas nuances na produção destas lesões que a Medicina ainda não descobriu uma série delas. É fato que a inflamação e o potencial oxidativo têm um papel importante, mas outros também ! Esta visão de que somente a inflamação é importante, é monocular e simplista demais. Se desta forma fosse, como explicaríamos recentes estudos que demonstram que a maioria dos anti-inflamatórios não hormonais, se usados de forma indiscriminada e crônica, aumentam em mais de 2 vezes o risco de Infarto, AVC e morte ? (www.theheart.org; http://www.theheart.org/article/1253349.do; http://www.theheart.org/article/1223565.do )
O médico em questão aponta uma série de erros alimentares e que, apesar de tratarmos eficazmente a hipercolesterolemia, estamos perdendo a "guerra" contra os eventos cardiovasculares. Uma das coisas que eu sempre levo em questão em qualquer estudo e pesquisa médica é o universo em que esta foi realizada. Se pegarmos a realidade norteamericana, vemos que mais de 70% da população tem sobrepeso, com altas taxas de sedentarismo e uma alimentação que, convenhamos, não tem nada de exemplar. Assim, mesmo controlando o colesterol, é muito claro que estes outros fatores, por mecanismos nem sempre muito elucidados frente a ciência atual, são preponderantes em elevar o número de cidadãos estadunidenses que estão padecendo de doenças cardiovasculares.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Mulheres, Menopausa e Risco Cardiovascular
A idéia de longa data que as mulheres são protegidas de doenças do coração antes da menopausa é provavelmente falsa. Envelhecimento por si só explica o número crescente de mortes por doenças cardiovasculares entre as mulheres quando ficam mais velhas. A menopausa claramente desempenha um papel em outras doenças para as mulheres, por exemplo , a taxa de mortalidade de câncer de mama desacelera na menopausa, provavelmente devido às alterações hormonais. As implicações: uma abordagem mais intensiva deve ser tomada em mulheres mais jovens com fatores de risco cardiovasculares.
Sobrevida e Qualidade de Vida com o Consumo de Bebidas Alcoólicas
Um estudo de duas instituições de saúde pública australianas (University’s Priority Research Centre for Gender, Health and Ageing e Hunter Medical Research Institute’s (HMRI) Public Health Program) , que utilizou 12.432 mulheres idosas em 6 anos, demonstrou que o moderado consumo diário de bebidas alcoólicas ( 1-2 taças de vinho ou equivalente) por mulheres idosas, está associado a uma maior sobrevida e melhor qualidade de vida. As mulheres que não consumiam bebidas tiveram menor sobrevida. O benefício permanecia mesmo em mulheres mais idosas. Contudo, a pesquisa não foi concebida para prover dados para que mulheres que não bebem devam passar a fazê-lo.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Cacau, Chocolate e Saúde Cardiovascular
Os conceitos na Medicina muitas vezes são mutáveis. Isto é válido para o consumo de chocolate e dos derivados do cacau.
Um estudo de metanálise da Universidade de Cambridge, Ingl., publicado no último 29 de agosto, avaliando 7 estudos de coorte, mostra que, nestes ensaios, o maior consumo de chocolate estava associado a uma redução de 37% nas doenças cardiovasculares e de 29% nos Acidentes Vasculares Cerebrais.
Esta pesquisa tem, contudo, dois problemas mais evidentes: não consegue determinar exatamente qual a quantidade de chocolate e derivados que está associada aos benefícios e não é um estudo longitudinal.
O mérito desta metanálise reside na desmitificação de que o colesterol contido no cacau é mais prejudicial que seus polifenóis. Estes têm, não só efeitos antioxidantes in vitro, mas agora também parecem ser protetores do sistema vascular.
Óbvio é que, por enquanto, as recomendações devem serem feitas com certa cautela em relação às quantidades e freqüência da ingesta dos derivados do cacau. Estudos de seguimento necessitam ser realizados para dirimir tais questões.
Um estudo de metanálise da Universidade de Cambridge, Ingl., publicado no último 29 de agosto, avaliando 7 estudos de coorte, mostra que, nestes ensaios, o maior consumo de chocolate estava associado a uma redução de 37% nas doenças cardiovasculares e de 29% nos Acidentes Vasculares Cerebrais.
Esta pesquisa tem, contudo, dois problemas mais evidentes: não consegue determinar exatamente qual a quantidade de chocolate e derivados que está associada aos benefícios e não é um estudo longitudinal.
O mérito desta metanálise reside na desmitificação de que o colesterol contido no cacau é mais prejudicial que seus polifenóis. Estes têm, não só efeitos antioxidantes in vitro, mas agora também parecem ser protetores do sistema vascular.
Óbvio é que, por enquanto, as recomendações devem serem feitas com certa cautela em relação às quantidades e freqüência da ingesta dos derivados do cacau. Estudos de seguimento necessitam ser realizados para dirimir tais questões.
Cálcio, Vitamina D e Risco Cardiovascular
A suplementação de cálcio e vitamina D pode aumentar o risco de Infarto e de AVC ("derrame"). Dados recentes (BMJ, Abril/11) mostram tendências de elevação destes eventos em mulheres que os usam para tratamento de osteoporose. Sua utilização deve ser muito mais criteriosa, sob o ponto de vista médico-terapêutico, e recomenda-se que sejam usados em casos onde a dieta e o uso dos raios solares não forem suficientes.
Abrahamsen B, Sahota O. Do calcium plus vitamin D supplements increase cardiovascular risk? BMJ 2011; doi10.1136/bmj.d2080.
Bolland MJ, Avenell A, Baron JA, et al. Effect of calcium supplements on risk of myocardial infarction and cardiovascular events: Meta-analysis. BMJ 2010; 341:c3691
Bolland MJ, Grey A, Avenell A, et al. Calcium supplements with or without vitamin D and risk of cardiovascular events: reanalysis of the Women's Health
Initiative limited access dataset and meta-analysis. BMJ 2011; DOI: doi:10.1136/bmj.d2040
Abrahamsen B, Sahota O. Do calcium plus vitamin D supplements increase cardiovascular risk? BMJ 2011; doi10.1136/bmj.d2080.
Bolland MJ, Avenell A, Baron JA, et al. Effect of calcium supplements on risk of myocardial infarction and cardiovascular events: Meta-analysis. BMJ 2010; 341:c3691
Bolland MJ, Grey A, Avenell A, et al. Calcium supplements with or without vitamin D and risk of cardiovascular events: reanalysis of the Women's Health
Initiative limited access dataset and meta-analysis. BMJ 2011; DOI: doi:10.1136/bmj.d2040
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